sexta-feira, 24 de julho de 2015
Limpa
Mofo - nada de novo
Medo - caveira com cabelo
Fora - vamos jogar!
Deixar pra trás, ou passar
pra frente esse lixo
que alguém vai revirar
Amanhece rua suja
O caminhão que tritura
Aqueles fios de 5 anos atrás
Aquele rosto do galã
que nem sei se existe mais...
Se é limpeza, pode ser meia
O cheiro não sai por completo
Deixei acumular demais...
Não sei como fui capaz
Agora, esqueça.
já perdi
são pedaços mortos
que à terra podem servir
Mas eu volto,
e dou de cara na porta
Meu autoboicote, que diz:
- você não mora mais aqui.
Dormindo ao relento
Rede.
Vento.
Ainda bem que trouxe
Laranjas.
Ainda são minha cor
preferida
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