Sua autocensura
daquela vez não lhe foi
suficiente.
A analista não sou eu
mas intuição não mente:
Desejo de roubar
de provocar
Fantasia da inveja
de admirar consequente
Ao não querer tal "heresia"
tão forte não pôde evitar
A solução a mim transferida
no inconsciente de tomar
minha suposta indiferença enquanto troca,
em aparência, a inveja de papel
Pra um riso de vitória e limpa consciência
lhe acarretar um dia algum troféu
Trata-se de uma traição velada
e não pude permanecer ausente
Não sou imune às energias
E não o é nenhuma gente.
Subiram-me ao ego
ameaças
o que não me faz inocente.
Convenhamos,
em que pese seres tão complexos
não existe "sem-querer"
não há vilões
Nem um eu
melhor que você.
Aceitemos a sombra e luz
Somos alma, matéria.
Chega de negar
sentimentos vis
Ou só mais adoeceremos
e sempre mal
"sem-querer"
faremos
a quem admiramos, a quem já amamos
mais ou menos
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