segunda-feira, 27 de junho de 2016

metida a escritora



Deusas, Mãe Terra, Sagrado feminino? Sim, posso dizer que tudo aqui é um pouco inspirado no resgaste dessa natureza espiritual tão desvalorizada no mundo patriarcal lógico, violento e objetivo, capitalista. E seria possível fazer esse resgate fingindo que não tenho traumas, dores, dores, rancor, vingança, orgulho, inveja? As sombras provam que existe o Sol, nossa lama é morte e gera vida, quando separamos o orgânico do industrial, quando adubamos nosso solo. Meu objetivo aqui nunca foi e nem será chegar a um estágio de evolução ou de New Age "gratidão". Vai ter raiva SIM, vai ter autoconhecimento SIM, vai ter lixo e reciclagem SIM. Se for para resumir essa obra inconsciente que é a poesia em um objetivo, seria isso mesmo de trazer a escuridão para a consciência, como na citação de Jung que tava no outro blog que li em janeiro, 
‘A pessoa não se torna iluminada por imaginar figuras de luz, mas por trazer a escuridão para a consciência.’ 
Se um dia isso virar uma obra, se um dia houver leitores ou leitoras, talvez um prefácio deveria pedir a se despirem de seus falsos desejos e personas, de seus copia e cola de mantras. Aqui é a porta da escuridão das entranhas vaginais de uma mulher. Aqui sou eu, um pouco. Aqui pode cheirar e, dependendo da sua percepção, feder. E pode ser muito, pode ser um pouco de você.

"Me dê tua profundidade.

Você é amor e luz E TAMBÉM uma escuridão imensurável."

Prefácio ou "tchaufácio", não sei, a gente fica assim depois de tanto feliz aniversário, ou a gente quer um tanto de luto e triste morte a celebrar também, ou pode ser simbólico mesmo e um novo ano, ou pode ser a autora se achando, ou sonhando, que vai haver um dia a materialidade do cheirinho de árvore que não é mais árvore... que não é nada romântico, que pode ser contra o que acreditamos... o que será




deixo em branco (verde).









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