quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Velhaidade

A carcaça de caranguejo
Não me serve pra nada
Eu quero seu leve suave peso
Pra cima de meu peito
Me cai, me aperta, contrai
fechando meu buraco negro.

É livre o leve peso
É grave o lábio espesso
Gravidade
Novidade velhidade
Arranca esse cabelo

Me deixa dar socos na carne
Movimentar, mão soca, dançar
Enquanto libero todo o peso da água
Aqui dentro

Derr amar:
água salgada
Água parada, acumulada
De Nanã
Ê uá
Ê uá êuaê...

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